17 de novembro de 2009

Reunião de Copenhagen 2009 e as mudanças climáticas


Neste ano ocorrerá em dezembro, em Copenhagen, a Conferência o sobre Mudanças Climáticas da ONU e que reunirá diversos países do mundo. O objetivo é discutir um novo plano de ação sobre as mudanças climáticas que substitua o conhecido protocolo de Kyoto, no qual, entre outros, os Estados Unidos se recusou a assinar. O clima para este novo encontro é de muito otimismo. O Ministério das Relações Exteriores da Dinamarca já publicou dois volumes de sua revista sobre investimentos na Dinamarca sobre uma econômica sustentável e responsável. Meu desejo, como de maioria da população mundial, é que este encontro em Copenhagen possa ser muito proveitoso no sentido de se pensar, agir e refletir para uma ação humana na terra de forma sustentável e responsável com a vida deste planeta. As mudanças climáticas são, a meu ver, o mais drástico sinal de nossa secular recusa em buscar um desenvolvimento que levasse em conta o seu impacto no mundo. Uma ação coordenada entre as nações é fundamental para iniciarmos uma nova postura diante do meio ambiente e da vida, pensando agora, em nossa finitude enquanto seres integrantes desta natureza e não maiores a ela. Um dos grandes problemas que podem implicar numa reunião sem resultado algum está na falta de vontade política de muitos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Apesar do exemplo da União Européia, nota-se pelos discursos pré-Copenhagen, especialmente por parte de Barack Obama e do presidente da China, que um acordo realmente eficaz sobre as mudanças climáticas será difícil. Não consigo entender a cabeça destes líderes que preferem arriscar toda a vida na terra em prol da defesa de grupos industriais e outros ao invés de buscar uma proposta de adaptação da economia para um modo de desenvolvimento sustentável. Como muitos relatórios da União Européia têm mostrado, a transição de nossa economia altamente danosa ao meio ambiente para uma outra com maior sustentabilidade e respeito a natureza em suas ações não significa em perdas econômicas, mas sim, num reajustamento de setores da economia. Uma economia preocupada com o meio ambiente pode revelar um grande impulso inovador na forma como produzimos e consumimos, abrindo maiores possibilidades de pesquisa, desenvolvimento de novos produtos, reaproveitamento de resíduos e matérias primas, como também uma diversificação da própria economia. Por fim, neste caso, o papel de uma educação voltada para a criatividade e inovação é fundamental.

Att

Daniel da Silva Becker - Acadêmico de História

4 comentários:

Lívia disse...

Olá Daniel, vamos esperar que esses líderes, norte-americano e chinÊs, reconheçam o grande erro que seria não se adaptar a um sistema sustentável de economia e desenvolvimento, já que esse é a forma inteligente de crescer. A conscientização sobre as causas ambientais na atual conjuntura é ainda capaz de evitar grandes prejuízos: o derretimento das geleiras, além de claro, extinguir animais como ursos polares, pinguins etc, aumentam a extensão de oceanos e mares, atingindo comunidades, ruas, casas; além de um número infinito de consequências...Pensar em estratégias de preservar o meio ambiente, é pensar em qualidade de vida para os humanos. Se é tão dfícil olharmos para a natureza como algo finito, esgotável, e portanto difícil de se preocupar com, olhemos portanto para nosso umbigo. Nós dependemos da natureza: ao destruíla, estamos nos destruindo, além de levarmos conosco, milhares de espécies inocentes ao nosso desprezo.
Reciclar, reutilizar, diminuir lançamentos de greenhouse gases no planeta significa economizar,manter, reaproveitar algo que seria jogado fora...qualquer energia jogada fora significa custo jogado fora. A ideia é evitar custos!! Economicamente falando, o crescimento sustentável evita destruição e crises futuras: como viveremos em temperaturas elevadas, em um mundo sem diversidade vegetal e animal, sem comida, sem energia elétrica, sem ÁGUA, como viver sem água potável e limpa, com o que vamos nos alimentar??
Sustentabilidade jamais seria um atraso na economia...é um avanço geral: verde, além de produção de oxigênio e redução de gás carbônico, além de alimento e abrigo, gera paisagem, harmonia: como procuramos ávidos uma sombra para estacionarmos o carro, como queremos estar perto de uma árvore para nos cobrimos no sol; sustentabilidade é alcançar um estado de estabilidade: transporte, moradia, condições sanitárias a todos!! Sustentabilidade é maior longevidade do mundo!!
É tão difícil pensar no ponto de vista do meio ambiente, passamos então a olhar pelo nosso ponto de vista...como o meio nos serve e nos fornecem qualidade de vida! Porém, sempre há aqueles que não se interessam pelo bem comum ou pela igualdade...é mais fácil ser dominador e fraco!! Vamos continuar lutando contra essa minoria!! Sou bióloga e recomendo o livro "A vingança de Gaia".

Anônimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=JvGJ9f7Vtss
assistam esse video é do michael jackson

Daniel Becker disse...

Acho que é necessário uma resposta para este tópico sobre a Reunião de Copenhagen. Infelizmente, uma vez tendo sido passado este que tinha tudo para ser um encontro chave, a sensação é de que nada mudou. É verdadeiramente uma pena que nossos governantes continuem na histórica indecisão de assumir suas responsabilidades pelos erros cometidos ao meio ambiente. Contudo, ainda temos a reunião programada para ser realizada em Bonn nesse ano sobre as mudanças climáticas. Precisamos de uma ação imediata para a redução dos gases causadores do efeito estufa! Se é possível um consolo, podemos pensar que Copenhagen talvez tenha sido um passo a mais no difícil caminho que é a conscientização humana sobre a preservação da natureza e a busca de um desenvolvimento sustentável. Contudo, que possamos obter resultados mais efetivos daqui para a frente!

Cíntia disse...

Acredito que a intenção de Copenhagen, em nada tenha a ver com o meio ambiente. Os ilustres dirigentes dos países foram buscar parcerias financeiras e auxílio em benefício próprio. Desta forma não é espantoso que a reunião tenha iniciado, acontecido e terminado sem uma definição ou acordo. Como uma torre de Babel, cada um falou uma língua diferente, que declarava a busca pelo ganho para si.
Os mais poderosos, e na nossa sociedade atual poder quer dizer grana, impondo suas condições, o que no caso significa não ter nenhum tipo de trabalho ou prejuízo e adquirir mais poder sobre os menos favorecidos, que por sua vez barganhavam ajuda financeira.
Vejo isso e me decepciono, não só pelos representantes do povo, mas porque eles são exatamente isso, representam seu povo, ou seja, eles são um retrato fiel das pessoas que governam. Olho à minha volta e vejo o mesmo comportamento, cada um buscando apenas a satisfação própria, numa ilha de egoísmo patética.
Numa sociedade em que o melhor é o "mais esperto", o que ludibria e engana mais, é natural que os que retém o poder ajam da mesma forma. Ao encontro de meu pensamento, trago a antiga frase "Cada povo tem o rei que merece". Espero que possamos evoluir a ponto de não precisarmos mais assistirmos estes espetáculos deprimentes, como o foi a reunião de Copenhagen.