2 de dezembro de 2008

A vaidade estimulando o progresso da ciência

Neste ano que se encerra, muitas foram as minhas atribuições como bolsista de iniciação científica. Uma de minhas mais estimadas tarefas foi o desenvolvimento de um artigo. Mandamos para publicação e para nossa felicidade o artigo foi aceito. Bem, eu comemorei muito, me "apareci" para todo mundo e tal...
Estes processos demoram. Da aceitação de um artigo até a sua publicação pode levar meses. Fizemos as alterações solicitadas e ficamos no aguardo. Já havíamos comemorado e agora era só uma questão de formalidade o envio da revista. Ledo engano.
Ao receber a revista em minhas mãos, mostrei para os colegas e incrível, mas toda aquela "faceirice" voltou. Apesar de já saber há meses que o artigo havia sido aceito, que estava tudo certo, com o exemplar nas mãos e observando as reações que ele causou nas pessoas eu novamente comemorei.
E novamente me envaideci. É incrível, mas isso mexe com a gente. Como uma droga que causa uma sensação de prazer, nos impulsiona a produzir mais, e isso é meramente a busca do ser biológico pela satisfação. Somos animais mesmo. Me perdoem o reducionismo, mas chego a esta conclusão, por mais que me desagrade. Tomar conhecimento de nossa porção animal e nossa forma comportamental de lidar com os sentimentos, não é exatamente uma descoberta agradável. Porém, sendo o fato imutável, podemos utilizar de forma saudável e produtiva este conhecimento, objetivando nosso evoluir. Se nossa evolução se dá em boa parte através de estímulo/resposta e reforço positivo/negativo podemos utilizar este recurso como forma de alavancar nosso progresso e a evolução de nosso trabalho. Podemos utilizar a vaidade como ferramenta para fomentar a nossa motivação
e a nossa criatividade.
Talvez nesse ponto, eu concorde com o uso da vaidade.



Cíntia Viviane Ventura da Silva

Nenhum comentário: